Raiva canina: Caso confirmado na cidade de São Paulo

Pela primeira vez em 40 anos, foi confirmado um caso de raiva canina na cidade de São Paulo. O animal afetado era uma cadela filhote, recentemente resgatada das ruas. Após mostrar alterações comportamentais e agressividade, foram realizados exames que confirmaram a presença do vírus, no último dia 1º de setembro, pelo Instituto Pasteur.

Caso de raiva canina em São Paulo

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo foi notificada e iniciou ações de controle, incluindo o “Bloqueio de Foco,” que envolveu a vacinação de cães e gatos em um raio de 500 metros do local do caso positivo. O caso continua sob investigação e serve como um alerta. No entanto, é importante lembrar que, apesar de letal, a raiva é previnível por meio da vacinação anual de cães e gatos.

O que é a Raiva?

A raiva é uma doença grave e fatal causada por um vírus que afeta o cérebro e o sistema nervoso. Essa doença pode afetar mamíferos, incluindo o homem, cães, gatos e animais silvestres, como morcegos e raposas. A raiva é responsável por cerca de 60.000 mortes humanas a cada ano, e na maioria dos casos, os cães são a principal fonte de infecção em todo o mundo.

A doença é transmitida principalmente por mordidas ou arranhões de animais infectados. Sem tratamento médico rápido, a raiva pode ser fatal.

Sinais de um animal com raiva

Os principais sinais que os animais doentes infectados pela raiva manifestam são:

• Mudanças no comportamento
• Salivação excessiva
• Dificuldade para engolir
• Alterações nos hábitos alimentares
• Paralisia dos membros
• Cães podem apresentar um latido diferente, chamado “uivo rouco” ou latido bitonal
• Morcegos encontrados durante o dia e caídos no chão são suspeitos de infecção

Prevenção da raiva animal

Entre as medidas de prevenção da raiva, é importante considerar:

• Vacine o seu animal de estimação anualmente, mantenha as vacinas sempre atualizadas
• Evite deixar seus animais na rua sem supervisão.
• Relate aos serviços de saúde se encontrar a presença de morcegos caídos

E ainda:

– Se o seu animal tiver contato com outros animais suspeitos (como morcegos caídos), consulte um veterinário ou a Unidade de Zoonoses do município para orientações adequadas.

– Animais que tenham mordido ou arranhado alguém devem ser mantidos em isolamento, com água e comida, por 10 dias, para monitorar sinais de raiva. Para mais informações, entre em contato com os serviços de vigilância ambiental ou sanitária em seu município.

Campanha anual de vacinação de cães e gatos contra a raiva

A maioria dos estados brasileiros realiza campanhas de vacinação em massa contra a raiva. Entretanto, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não realizam as campanhas anuais desde 1995, devido à baixa incidência de raiva urbana em cães e gatos. O estado de São Paulo suspendeu as campanhas em massa durante a pandemia de COVID-19, mas continua com atividades de vigilância e controle da doença, além de realizar vacinações nas Divisões de Vigilância de Zoonoses.

Em áreas onde não é realizada a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva, é altamente recomendável que os tutores procurem um veterinário de confiança ou centro de zoonoses do município para garantir a vacinação de seus animais e protegê-los, já que a vacinação é efetiva para combater a raiva.

O que fazer em caso de acidentes por mordedura ou arranhadura?

Acidentes podem sempre acontecer. Nesses casos, lave o local da refira com água e sabão e procure atendimento médico na unidade de saúde mais próxima de você. Os médicos e enfermeiros são os responsáveis por conduzir clinicamente os casos de acidente.

Em resumo, caso seja mordido ou arranhado por um animal, não esqueça:

• Lave imediatamente a ferida com água e sabão
• Procure atendimento médico imediato